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Nada de alinhamentos. Ciranda curandeira. Nunca entrada, nunca saída, sempre encruza! O espírito é atemporal, eterno. Ele está em tudo a todo instante. Antes da materialização do indivíduo, o espírito já era espírito. Sem subordinação e desprazeres. A única constante é a mudança. MUDANÇA, MOVIMENTO, INQUIETUDE. Foi e sempre será sobre Exú. Laroiê Exú! Expansão, multiplicação e crescimento. Iniciações são necessárias para o renovo e, consequentemente, evoluções. Sim, a encruzilhada é umbigo e boca do mundo. Não começa e termina, apenas é. Existe, resiste! Corpos pretos são potências, tenho dito. Nossos sorrisos são bélicos, por isso eles têm medo. Dança e canto são memórias vívidas no meu corpo-casa. Ervas para curar e transformar. Brilho intenso, que também possibilita a sombra. Águas calmas, paradas e inefáveis refletem tua beleza. Aiê Êo, Mamãe Osún! Mãe de Oxalá permita que nos banhemos nos teus rios, lagos e cachoeiras, e possamos fazer os atravessament
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1, quem sabe 2.

ÉS TU LABAREDA ?  Não quero nada além de amor, porque depois dele não existe nada, sem ele também, e fora dele só há vazios e insuficiências que não podem ser preenchidas. Ela disse que me amava, mas pra ser bem sincera já faz um tempo que isso tudo aconteceu, e seu sorriso não sai da minha cabeça. Tenho muito a dizer sobre ela, poderia escrever um livro ou quem sabe dirigir um filme sobre seus trejeitos, seu sorriso, seu jeito empírico de saber de tudo, mas prefiro contemplá-la. As lágrimas escorrem toda vez que penso estar longe de ti. Meu lugar é ao teu lado. Não quero que tu se vá. Venha e fique um pouco, não haverá choros a não ser de alegria e êxtase. Magnífica. Feiticeira. Encantadora. Erudita. Afável. Impetuosa. Te assisto de longe, escrevo pra ti e penso em nós. Com muito fulgor tu aparece pra mim em sonhos e me narra o quão possível é esse amor. 

Tereza.

Tua voz ecoa em nós.    Tentaram apagar sua luz, desviar seu caminho, aborrecer seus projetos, tirar sua paz e sumcubir sua voz.   Mal sabiam que quanto mais eles tentavam, mais ela lutava e se desenvolvia com cada batalha que estava transcorrendo.   A inquietude era uma das suas maiores especificidades. Gostava de dançar na chuva e fazia da solidão sua melhor companhia. Quando aflita, buscava consolação. Quando cansada, refrigério. Quando amarga, regozijo. Quando silenciada, salvação.   Sua morada era seu autoconhecimento, as experiências bem vividas e a saudade do lugar que nunca pode ir, do abraço que nunca pode dar e das leituras noturnas que instigavam o seu ser.   Quando empenharam-se em paralisá-la foi então que ela caminhou mais. Tentaram cessar a voz que clamava, Tereza, cuja missão era propagar o amor e a União de seus iguais. Sua voz ecoa através de nós, que não esqueceremos da sua potente capacidade de ser quem é; uma mulher preta.
Subjetividade do ser, enquanto ser.    Meu corpo sente o impacto do racismo.  Sinto um pesar em meu coração, carrego em meu peito as dores de ser eu.  Desfaleço a cada piada, comentário e olhar.    Minha essência é amor e queima como brasa, mas minha carne padece.  Meu corpo anseia ser coletivo, estar junto aos meus semelhantes.   Sou apenas mais uma de tantas Marias. Uma verdadeira aglutinação. Eles nos veem como unidade, sem distinções.  Não compreendem nossas especificidades.   Antes de ser Brunna,  sensível,  carinhosa,  determinada, inquieta, medrosa e insaciável,  sou mulher preta.   E que lastima seria se esses sentimentos ficam só em palavras ?    Por isso faço da minha voz palco para a explanação do pensamento contra colonial e da minha matéria um meio para a propagação do ideal de unificação do povo preto.